Existe um grupo de empresários que já entendeu que não está no mercado apenas para competir, lucrar ou escalar. Está aqui para manifestar o Reino. Gente que sabe que sua empresa é mais que um CNPJ — é um altar de adoração, um canal de provisão e um campo de batalha espiritual.
Eles não seguem apenas métodos. Eles seguem o Mestre. São Filadelfianos do Reino.
Uma geração separada como trigo de primícia
A Bíblia nos chama de trigo de primícia:
“Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.”
— Tiago 1:18
Na economia espiritual, isso tem peso. As primícias são os primeiros frutos, separados e consagrados a Deus. Paulo afirma em Romanos:
“Se as primícias são santas, também a massa o é.”
— Romanos 11:16
Como empresários da fé, não estamos apenas buscando bênçãos. Somos a semente que abençoa. Nossas decisões, parcerias, produtos e serviços têm impacto multiplicador. Quando consagramos o começo, influenciamos o todo. O Espírito Santo está levantando empreendedores assim: que edificam não apenas impérios comerciais, mas heranças eternas. Somos cooperadores!
Reinar em vida: uma mentalidade que rompe limites
Muitos empresários cristãos ainda vivem com a mentalidade de servidão: trabalham muito, colhem pouco e vivem com medo do amanhã. Mas o Evangelho da Graça vira essa chave:
“Muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.”
— Romanos 5:17
Esse “reinar” não é triunfalismo vazio. É uma postura espiritual. É entender que a empresa é território de governo, não de sobrevivência. E que você não está tentando vencer, você já venceu em Cristo. Você é filho!
Mas por que “Filadelfianos”?
A igreja de Filadélfia foi elogiada diretamente por Jesus. Veja o que Ele diz:
“Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.”
— Apocalipse 3:8
Filadélfia representa aqueles que permanecem fiéis em tempos hostis. Que não negociam a Palavra por métricas. Que não vendem sua integridade por influência. Esse é o empresário do Reino. Talvez ele não seja o maior da praça, nem o mais financiado. Mas é aquele que sustenta o nome de Jesus em meio à pressão. E por isso, portas se abrem — portas que ninguém pode fechar.
Fé, dados e realidade de mercado
Falando a real: empreender no Brasil é um ato de fé. O IBGE revelou que quase metade das empresas fecha em até 3 anos. E não é só por falta de dinheiro. Falta clareza de identidade, propósito e visão de longo prazo.
Enquanto isso, 93% dos brasileiros dizem crer em Deus (Datafolha, 2020). Ou seja: o Brasil está cheio de empreendedores que creem… mas não conectam a fé com os negócios. Vivem como crentes no domingo e como incrédulos de segunda a sábado.
Não basta ir ao culto. É preciso cultivar cultura. E isso começa no escritório, no estoque, na reunião de alinhamento, no contrato que se assina.
Raízes profundas: firmeza em tempos difíceis
O mercado muda, os algoritmos mudam, as tendências mudam. Mas quem tem raízes em Deus não seca com o vento. Jeremias explica:
“Será como árvore plantada junto às águas, que estende as raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde, e no ano da sequidão não se perturba, nem deixa de dar fruto.”
— Jeremias 17:8
Isso não é promessa de ausência de crise. É promessa de frutificação em meio à crise. Tem gente quebrando, mas você está crescendo. Não por mérito, mas por Graça. Porque a sua raiz não está no capital de giro — está no Espírito.
Lutar a partir da vitória
Cristo não nos chamou para ficarmos presos a uma mentalidade de escassez. A cruz já é a maior evidência de suprimento. Jesus venceu tudo. E isso inclui o medo de falhar:
“Despojou os principados e potestades, e publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
— Colossenses 2:15
Você está em Cristo. Então pare de correr atrás de vitória como se estivesse sozinho. Você luta a partir da vitória, não por ela. Já somos vencedores!
Empreender com Graça é empreender com descanso
Sabe aquela sensação de carregar tudo nas costas? De ser o único responsável por fazer dar certo? Isso não é liderança — é idolatria disfarçada. Deus não te chamou para morrer de burnout tentando provar valor. Ele te chamou para servir com excelência, não para se matar por performance.
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
— Romanos 8:31“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou… como não nos dará também com Ele todas as coisas?”
— Romanos 8:32
Sim, isso inclui o que sua empresa precisa: inteligência, estratégia, contatos, equipe, fôlego. Está tudo na conta da Graça.
Reinar não é dominar. É servir.
Jesus mostrou o padrão do Reino: quem lidera, serve. E serviu de um jeito escandaloso — lavando os pés dos discípulos. Não buscou palco, buscou toalha.
Empreendedor cristão de verdade não é quem usa a Bíblia como isca. É quem deixa o Evangelho moldar sua cultura interna, seu jeito de tratar funcionário, seu compromisso com o cliente e sua relação com o dinheiro.
Hora de consagrar. Hora de orar.
E aí, está esperando o quê para consagrar teu negócio de forma prática?
“Consagre ao Senhor todas as suas obras, e os seus planos serão bem-sucedidos.”
— Provérbios 16:3
Pare tudo por cinco minutos. Feche a porta, desligue o celular e fale com o Dono da sua empresa.
Oração:
“Senhor, minha empresa é Tua. Tudo que tenho veio das Tuas mãos. Me dá sabedoria, direção e ousadia. Que meu negócio revele o Teu Reino em tudo: nas decisões, nos atendimentos, nos produtos, nas relações. Que eu não negocie a fé. Que eu avance em paz, mesmo quando tudo ao redor grita caos. Porque minha fonte és Tu. Em nome de Jesus. Amém.”
Você não é mais um na multidão. Você é trigo de primícia. Você é Filadelfiano. A porta está aberta — e quem abriu foi o Senhor.
Avance. Porque ninguém poderá fechá-la.
Gustavo Brandão